29 março, 2011

De amor para amor*

Um grande aperto no peito me sufoca, um calor imenso invade o meu corpo e começo mesmo sem querer a gaguejar, muito nervosa, capaz de dizer ou fazer o maior disparate do mundo. E mesmo apesar de toda a avontade que tenho contigo continuo quente e inquieta. Não sei se sentes isto, não sei se ouves, não sei se cheiras, é ao ver estas dúvidas que te pergunto se te sentes como eu. Mesmo sabendo que não compreendes algumas atitudes ou sinais, continuo tentando... Esperando que um dia cheguem por fim. Sinais esses em que te mostro que ainda te amo, que preciso de te tirar da minha cabeça, pelo menos um pouco! Apesar de ser tão fácil como respirar permaneceres sempre no meu pensamento. De minuto a minuto dou por mim 'acordando' para a realidade e parar de me magoar a mim própria pelo menos por um segundo. Por um lado preciso de te esquecer, preciso de te ver como tantos outros amigos que tenho comigo. Mas tu não, tu cravaste-te em mim em demasia e "é tudo como um poço, eu estou no fundo do balde, tu vais dando corda, dando corda até que por um momento sinto-me quase a chegar ao fundo raso e estico um pé, o segundo... Pronta para saltar e aí tu começas a puxar a corda novamente, a trazer-me para ti outra e outra vez!". Se sei explicar esta sensação. Não, só quero que não dure. Sim, precisava de ti aqui ao meu lado, não é fácil deixar-te, queria-te na minha vida, queria poder tocar-te, sentir-te, estar contigo e sentir um grande amor de AMIZADE e que pudesses sentir o meu coração bater, sentires como te amo e que apesar de tudo és meu amigo, meu grande amigo, e amo-te por isso. Nos dias que não te posso ver, nos dias em que não posso ouvir a tua voz, não te posso falar e muitas vezes falo, e falo mal; nos dias em que não sou eu! Sou a mesma pessoa, mas estou muito dura, fria, magoada! Como uma tartaruga dentro da carapaça a defender-se, neste caso eu defendo-me de um sentimento que não vejo hora que passe e se vá embora de vez. E não, nunca te contei, nunca partilhei de coração para coração o que verdadeiramente sentia. Porquê? Medo? Talvez. Da rejeição? Toca a todos. Da incompreensão? Um pouco. Da ignorância? Também, bastante até. Talvez tivesse realmente receio de tudo isso junto, dessa sensação terrível não sei explicar mas que já senti antes e que, por isso mesmo, não quero e espero não voltar a sentir. Eu ainda te vou amar, é uma verdade! Tu vais permanecer no meu futuro próximo, sim! Eu vou dar muitas voltas e reviravoltas no meu coração e tu, enquanto não der a volta final, tu vais estar sempre comigo, é evidente! Afinal, está tudo escrito nas estrelas, eu ia-te conhecer de qualquer maneira, eu ia-me apaixonar, não valia a pena esperar, eu ia passar por um grande amor, ia sentir alguém como sempre sonhei, ia passar por algo que antes nunca fora capaz de pensar que fosse acontecer, algo este, o amor. E quantas e quantas vezes eu acreditei neste sonho? Quantas vezes me acreditei que era como nas novelas? Como nos contos de fadas? Quantas vezes me acreditei que podia ser tudo perfeito? Afinal era tudo só um sonho que li enquanto estava a olhar para as estrelas e esperava adormecer, foi um simples sonho.

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